sexta-feira, 19 de maio de 2017

CASA PASSIVA_PASSIVHAUS

Passivhaus
Passive House ou Casa Passiva é um conceito construtivo que define um padrão que é eficiente,  energético,confortável,economicamente acessível e sustentável.
O conceito de "Passive House" foi desenvolvido na Alemanha nos anos 80  (Passivhaus) e é uma evolução das casas de baixo consumo energético. Devido à excelente qualidade térmica dos materiais de confinamento do edifício (paredes, janelas e portas), à utilização das fontes de calor internas (provenientes dos dispositivos eléctricos que normalmente se utilizam nos lares) e à minimização das perdas de ventilação com um sistema controlado com recuperação de calor, a habitação passiva não necessita dos mecanismos de refrigeração e de aquecimento convencionais. 
As necessidades de aquecimento são inferiores a 15 kWh/m2 por ano, o que pressupõe uma redução de mais de 90% em média. A Passive House é o mais elevado padrão de eficiência energética a nível mundial: a economia energética atingem os 75% em comparação com os edifícios convencionais e de acordo com a regulamentação atual.

Confortável

Uma Passive House tem temperatura uniforme, sem grandes variações (temperatura mínima 20ºC e temperatura máxima 25ºC) e uma boa qualidade do ar interior (humidade relativa, CO2), contribuindo para o bem estar e saúde dos seus ocupantes.

Acessível

Numa Passive House o acréscimo do custo de construção não ultrapassa, em média, os 5% em relação a uma construção convencional, sendo possível construir a preços correntes. Os custos de operação de uma Passive House são substancialmente mais baixos que um edifício convencional devido às reduzidas necessidades energéticas e de manutenção.

Sustentável

Numa Passive House há uma redução drástica das emissões de CO2, devido à eficiência energética. O conceito Passive House contribui para a protecção climática pela menor dependência de combustíveis fosseis. As baixas necessidades energéticas de uma Passive House podem ser facilmente supridas por fontes renováveis de energia.


Existem cerca de 40.000 edifícios Passive House em todo o mundo. Os edifícios Passive House certificados são 5.500.
O padrão Passivhaus não é um selo ecológico e parte de simples fundamentos: construir um projeto com excelente performance térmica, baseado principalmente no controle da estanqueidade da construção. Em 1996, o Instituto Passivhaus foi fundado na Alemanha para promover e controlar os padrões nas construções que seguem os fundamentos dessa ideia.
Casa Passiva Arboretum Lleida, Espanha
Fonte: http://www.au.pini.com.br/au/solucoes7

Esta casa passiva, na Espanha, foi executada com o mínimo de material e foi capaz de reduzir em cinco vezes o consumo normal de energia graças ao estudo da localização da caixa e de suas aberturas para maximizar o aproveitamento da radiação solar. O material isolante: lã de ovelha, adquirida dos pastores locais.

Fonte: AU PINI

O acabamento da fachada externa é feito por uma placa de fibras de madeira compacta, de 22 mm, que isola e contribui para minimizar a ponte térmica do conjunto estrutural - este, ao estar ventilado, permite a evacuação da umidade para o exterior, evitando qualquer risco de condensação intersticial de umidade dentro do muro e contribuindo para melhorar o funcionamento do conjunto durante o verão.

Fonte: AU PINI
As dimensões e uniões entre todas as peças foram estudadas especificamente e em detalhe para garantir que os painéis - facilmente transportáveis - ficassem perfeitamente unidos na obra sem dificuldade, possibilitando uma construção precisa, rápida e seca. "A montagem é, de certa forma, comparável à de um grande quebra-cabeças. O sistema construtivo, o planejamento e a definição da obra permitiram que desde a limpeza do solo até a instalação dos moradores se passassem apenas em cinco meses".


As peças pré-fabricadas que chegam à obra são unidas com métodos mecânicos, e com parafusos específicos para fixar madeira e metal. No local das uniões, são instaladas juntas elásticas e fitas que garantem a estanqueidade do ar nos encontros entre os diferentes painéis.
Esse sistema construtivo é totalmente reversível: uma vez que os elementos secos estejam unidos mecanicamente, a residência pode ser desmontada sem que os elementos sofram alterações. As peças também podem ser reutilizadas na íntegra, em conjunto com os elementos estruturais ou separadamente em novas construções.

                                                       Fonte: AU PINI

A casa Arboretum cumpre  as exigências de eficiência energética do padrão Passivhaus, com um consumo de 10 kWh/m2. Em uma zona de invernos frios e verões muito secos e quentes, o interior da residência se mantém constante em uma temperatura média de 20ºC.

Fonte: AU PINI

A obtenção máxima da energia solar, de forma natural, é permitida pela instalação de grandes janelas com vidro duplo na fachada sul, e na duplicação de uma fachada nesta mesma orientação, com a criação de um pátio interior que permite uma distribuição melhor e mais equilibrada da radiação solar pelo interior da casa - complementados com painéis solares que incrementam a captação e o armazenamento de energia, e somados a uma chapa miniondulada, instalada na cobertura e em parte da fachada norte, ajudando a reduzir a radiação no verão.

1- COBERTURA CHAPA BRANCA LACADA, DUPLO SARRAFO DE VENTILAÇÃO,
PAINEL TRANSPIRAVEL, ISOLAMENTO DE LÃ DE OVELHA (26CM),ESTRUTURA DE MADEIRA,
PAINEL OSB APARENTE
2- FACHADA CHAPA LACA ONDULADA OU MADEIRA, DUPLO SARRAFO DE VENTILAÇÃO,
PAINEL TRANSPIRAVEL ISOLAMENTO DE LÃ DE OVELHA (26CM),ESTRUT DE MADEIRA,
PAINEL OSB APARENTE
3- LAJE INTERIOR:LINOLEUM, CHAPA DE CONCRETO, PISO RADIANTE, OSB APARENTE, EST DE MADEIRA MACIÇA.

Fonte AU PINI

Em uma zona de invernos frios e verões secos e quentes, o interior da residência se mantém constante em 20o C. O arquiteto estudou a captação máxima da energia solar direta do inverno, unida a um sistema de ventilação com 70% de recuperação de calor e um invólucro bem isolado


Fonte AU PINI


Fonte AU PINI
A casa foi construída com elementos pré-fabricados,  nas uniões feitas em obra, juntas elásticas e fitas garantem a estanqueidade do ar no encontro dos painéis. Grandes janelas de vidro duplo na fachada sul e um pátio interior permitem uma distribuição equilibrada da radiação solar pela casa.
O projeto adotou elementos autoportantes pré-fabricados de uma madeira tipo pinus, uma espécie de pinheiro centro-europeu de alta resistência, com tábuas verticais instaladas sobre ripas duplas, formando uma câmara ventilada.
A parede tem espessuras que vão de 18 cm a 28 cm, e é recheada de lã de ovelha que, como na Caixa Habitável, serve como abrigo isolante - desta vez, a lã foi tratada industrialmente para aumentar a durabilidade, em um processo cujo nível de emissão de CO2 é dez vezes inferior ao da elaboração do poliestireno.
Um tabuleiro exterior fecha o sanduíche estrutural.


Fonte AU PINI
O ponto-chave a que se propõe esta atitude arquitetônica é a evolução na qual se unem o artesanal e o industrial. Estuda-se particularmente como captar ao máximo a energia solar direta no inverno a partir dos condicionantes de lugar e da normativa urbanística, juntamente com um sistema de ventilação com recuperador de calor de rendimento de 70% e o invólucro bem isolado.
Tudo isso permite que o consumo do edifício, anualmente, esteja em aproximadamente 10 kWh/m2, abaixo dos 15 exigido pelo estrito padrão passivo europeu. Disso, resulta um custo inferior a 200 euros anuais de calefação e a eficiência energética do conjunto fica plenamente justificada.
AU PINI (2015) afirma que arquitetura de Josep Bunyesc é uma tarefa de estudo consciente, como a investigação das condições que definem a localização concreta do projeto, a pesquisa dos recursos disponíveis para que sejam otimizados e permitir a construção de um edifício de qualidade ao custo mais baixo possível e capaz de gerar maior autossuficiência energética.
Uma compreensão que assume os conceitos de "sustentabilidade" ou "baixo impacto ecológico" que vão além do superficial e efêmero rótulo tido como última tendência de moda. Rótulo que emergiu como aparente resposta à responsabilidade ética da atividade arquitetônica, mas questionado neste período de crise econômica europeia por seus recentes excessos.
"Somos a primeira geração que trata de combater as mudanças climáticas; que enfrenta a cultura do consumo passivo; que toma consciência de sua responsabilidade em relação ao futuro e que planeja a geração desse futuro a partir de energias renováveis.“
Bill Dunster, Craig Simmons e Bobby Gilbert, em The ZEDBook


COMPROMETER-SE COM A SUSTENTABILIDADE

quarta-feira, 5 de abril de 2017

TAPETES: tipos e usos em Design Interiores

TAPETES
Quais as funções?
   Nos ambientes a figura do tapete possui tantas funções, que muitas vezes dita as regras e o estilo compositivo, o tapete complementa um espaço, o torna aconchegante, é peça chave na decoração, mas atenção ao dimensionamento, ás cores e texturas que podem valorizar ou acabar desvalorizando um ambiente. Podemos resumir as funções dos tapetes em:

• DELIMITA, DIVIDE AMBIENTES
• ORIENTA A CIRCULAÇÃO
• FATOR ESTÉTICO
• CONFORTO TÉRMICO
• ORGANIZA A DECORAÇÃO
• EM CADA AMBIENTE PODE SUGERIR UM EFEITO:

SALA= DESTAQUE,
DORMITÓRIO= AQUECER, HOME THEATER= ACÚSTICA,
SEPARAR ESTAR JANTAR,

OS TAPETES NÃO PRECISAM SER IGUAIS NO MESMO AMBIENTE.
Que luxo! Curiosidade: esta foto é de um  tapete persa do século XVII, que pertencia à Galeria de Arte Corcoran, foi vendido por US$33,7 milhões em um leilão. 
Posições e dimensionamento dos tapetes:

   Para não errar é importante utilizarmos algumas referencias, como o sofá por exemplo, seguindo a largura do sofá é possível tornar a composição agradável. Como regra deixe 10cm a mais da largura do sofá.

   Não cobrir 100% do piso também é uma das regras, laterais  em que fica aparecendo o piso trás mais leveza, dando a impressão que o piso quer "respirar". 


Nesta sala o tapete delimita a área dos sofás, os sofás são dispostos pelo dimensionamento do tapete, formando uma área de estar em torno da mesa de centro redonda

  TIPOS DE MATERIAIS E TEXTURAS


• FELPUDOS, UMA PEÇA ÚNICA E GRANDE, DE COR ÚNICA, DARÁ A SENSAÇÃO DE AMPLITUDE AO AMBIENTE
CIRCULAR  E FELPUDO: DETERMINANDO A COMPOSIÇÃO 


Tapete felpudo o favorito para os dormitórios


Tapete circular, delimita o ambiente


Circular em diferente composição, em três trechos


LISTRADOS: PODE-SE APROVEITAR A PERSPECTIVA QUE AS LINHAS CRIAM NO AMBIENTE, NÃO DEMONSTRAM MARCAS DE MOVEIS.


Compor tons do tapete listrado com a mobília e acessórios tornam a composição leve e atual.


Atenção: COM TRAMA TIPO BOUCLE , APARENTAM MAIS A DEFORMAÇÃO DEIXADA PELOS MÓVEIS


   •GEOMÉTRICOS: ATENÇÃO A HARMONIA ENTRE SUAS CORES E O MOBILIÁRIO, UTILIZE TONS RETOS E NEUTROS



TEXTURAS: RELEVOS : CRITÉRIOS NA COMPOSIÇÃO, EVITAR CORES MUITO FORTES
   •FIBRAS: ÓTIMA OPÇÃO, COMPOSIÇÃO RUSTICA OU CONTEMPORÂNEA
    IMPORTANTE!
   Mobilidade também é essencial ao pensar nos tapetes, pisos escorregadios tornam-se armadilhas com tapetes mais lisos ainda.
   •CUIDADOS E ATENÇÃO!  EM CASAS QUE RESIDAM IDOSOS: POIS EM LOCAIS DE PASSAGENS, PEQUENOS TAPETES MAIS PROPENSÃO A ESCORREGADAS, E OS TRABALHADOS PODE-SE ENROSCAR O PÉ.
   •CRIANÇAS:  EVITE TAPETES PEQUENOS
 •CUIDADO COM VASOS PRÓXIMOS AOS TAPETES (PROVOCAM MANCHAS)
 •USAR PRODUTOS ANTIDERRAPANTES EMBAIXO DO TAPETE (TIRAS DE BORRACHA NO MEIO E BORDAS)
   •TAPETE DEVE SER ASPIRADO NO SENTIDO DA TRAMA

  TAPETES TRADICIONAIS
    •TRADICIONAIS: OS TAPETES COM ARABESCOS REMETEM AOS TAPETES TRADICIONAIS PERSAS OU TURCOS, MAS FORMAM ÓTIMAS COMBINAÇÕES AO LADO DE PEÇAS CONTEMPORÂNEAS.
   •EVITAR PEÇAS DE VISUAL FORTE COM MOVEIS DE ÉPOCA, EXCESSO DE INFORMAÇÃO AO AMBIENTE 

OS ESTILOS DOS TAPETES:
TRADIÇÃO DO ORIENTE

Persa: modelos confeccionados no Irã, antiga Pérsia, que registram sua marca por meio de desenhos geométricos, medalhões e florais. As cores mais usadas são vermelho, amarelo e azul. É comum a presença de algodão e lã no corpo do tapete e seda no contorno dos desenhos.
Indiano: os tapetes não possuem tanta nitidez nos desenhos, mas abusam de florais nas estampas. Para os materiais, eles recorrem a uma mistura de viscose (substituto popular da seda) e lã. Apresentam bastante resistência.
Turco: de cores primárias vivas e fortes, os modelos fabricados na Turquia são repletos de figuras geométricas, animais e imagens de jardins. Os exemplares mais antigos recorrem à lã como material básico.
Europeu: um típico exemplo é o modelo Aubusson, criado no século 18 na França, que prioriza desenhos de arranjos florais. A estética é baseada em tonalidades neutras
Asiático: os modelos chineses buscam no movimento e na maciez seu trunfo de venda. Por isso, capricham no uso de fios altos (com mais de 10 centímetros) e buscam escolher as cores da moda.
Materiais naturais
•Mesmo com a tradição de materiais como lã, algodão e seda na confecção de tapetes, hoje é possível encontrar alternativas no mercado. Modelos de nylon, juta, bambu, sisal e linho oferecem boas opções e já mostram sua força. 
 Tapete Persa
   O tapete persa é uma parte essencial da arte e cultura persas. A tecelagem de tapetes é indubitavelmente uma das manifestações mais características da cultura e arte persas e remonta à antiga Pérsia.
   O luxo, a que se associam os tapetes persas, forma um surpreendente contraste com sua modesta origem entre as tribos nômades da Pérsia. O tapete era um bem necessário para proteger-se do inverno rigoroso. Posteriormente, converteu-se em um meio de expressão artística pela liberdade que possibilita principalmente a escolha de cores vivas e dos motivos empregados. Os segredos da tecelagem têm passado de geração em geração. Os artesãos utilizavam os insetos, as plantas, as raízes, as cascas e outros ingredientes como fonte de inspiração.A partir do século XVI, a tecelagem de tapetes se desenvolveu até converter-se em arte.

   Tapete iraniano: Nim farsh
•Irã, 100% artesanal, lâ tingida com pigmentos naturais e os desenhos em alto relevo com a técnica do kilim sobre base neutra
Tapete indiano o marroquino: Hambel

 Marrocos, confeccionado a mão, pura lã, desenhos intensamente coloridos, tecnica da base de tecelagem do kilim


Tapete paquistanês: Zieggler


Aproveitem as dicas e façam ótimas produções nos ambientes!!


Refrencias Bibliográficas:
Tapetes Morales
Antigo Persa


sexta-feira, 31 de março de 2017

Discussões de projetos e os alunos

Durante uma aula esta semana, surgiu a discussão dos trabalhos em grupos dos alunos tanto de arquitetura quanto de design de Interiores, qual real função destes trabalhos? Diminuir a quantidade, detalhar mais o trabalho devido ao número de pessoas? Questionamento que não vem a caso quando o objetivo comum do processo é o próprio “processo”. Ao discutirmos com o outro referencias de nossos projetos acabamos por ampliar, ou mesmo evoluir em nossos pensamentos arquitetônicos, estudos, croquis, e muitas vezes não vejo isso acontecer, se os alunos soubessem a importância que é a discussão, com boa fundamentação, os trabalhos poderiam ser muito mais ricos, pois haveria muito mais experiências e impressões reunidas.
Lendo ainda esta semana um artigo de Toyo Ito, discorrendo sobre arquitetura e seus processos, no Archdaily (2017), um ponto importante que ele recomenda aos alunos estudantes de arquitetura é exatamente a discussão entre eles, Toyo (2017) afirma que com a internet, a facilidade de se obter toda informação necessária, acaba por não existirem mais discussões, os alunos não querem discutir entre eles as funcionalidades ou seja qual for a temática do projeto, tornando isso um grande problema.

                                          Toyo Ito: Sendai Mediathique. Fonte Archdaily (2017)

Para a arquitetura deve haver a troca de informações, ou mesmo entender pontos de vistas diferentes que por costumes, ou mesmo culturas diferentes não consigamos enxergar. Esta falha acaba por prosseguir na vida profissional de muito arquitetos, o que sempre acaba levado a fama de egocêntricos e individualista, e a briga por egos surge exatamente esta fase, cada um quer realizar um projeto mais brilhante que o outro, mas o objetivo o qual presume-se a arquitetura não é o “elaborar o espaço para o outro” ou outros? Com essa premissa  vai por agua abaixo a questão das discussões.

Hoje qualquer projeto pode ser elaborado com uma boa fundamentação, temos a internet, sites e mais sites que demostram exemplificam, projetos prontos para utilizarmos nos estudos de caso exatamente tudo, para que então vou escutar ou discutir, faço tudo sozinho, sério? Estão perdendo o melhor da arquitetura, a discussão, a interação, que é o fundamental, afinal, em qualquer arquitetura pessoas estarão ali, e novamente citando Toyo ito, arquitetura deve prover espaços que aguçam os sentidos.

 Desta temática podemos citar também a questão das visitas técnicas, que utilizamos como referências nos projetos, onde também já escutei de alunos, que não precisam ir no local do estudo de caso, já pegaram tudo na internet, todos os maravilhos exemplos, é valido? Como perceber um pé direito duplo de 8 metros, as ventilações, a entrada de luz, ou mesmo o clima, como aguçar nossos sentidos se não estamos lá? Quando conheci o projeto do MAC em Niterói de Niemeyer, havia acompanhado fotos da construção, do desenvolvimento do projeto, maravilhoso, mas nada se compara a sensação de estar lá, visualizar por aqueles imensos panos de vidro a maravilhosa cidade ao fundo e ver o mar bater nas rochas, espetacular, indescritível sensação. Citei apenas um dos milhares locais que não devem ser vistos apenas por fotos e sim senti-los para aguçarmos nossos sentidos.

Projeto: Toyo Ito, Biblioteca da Universidade de Artes de Tama . Fonte Archdaily (2017)

quarta-feira, 29 de março de 2017

CONHECENDO AS PAREDES

                 PAREDES
Parede ao fundo com tijolos de demolição.

 A PRINCIPAL FUNÇÃO DAS PAREDES: adequar e estabelecer a separação entre ambientes. Especialmente a ALVENARIA EXTERNA, que tem a responsabilidade de separar o ambiente externo do interno, deverá atuar como freio, barreira e filtro seletivo, controlando uma série de ações e movimentos complexos. Também chamamos as PAREDES de alvenarias, que significa "blocos empilhados", parede de alvenaria significa paredes de blocos ou tijolos. A palavra Alvenaria vem do termo "alvanel"que significa pedreiro, anteriormente  este termo era muito utilizado, alvanel=alvenaria.
Sala de jantar com paredes de tijolos de demolição, efeito decorativo.
As alvenarias devem apresentar: 
Resistência à umidade e aos movimentos térmicos. (ou seja não pode deixar infiltrar água nas paredes)

 Resistência à pressão do vento. (deve ser resistente aos ventos).

Isolamento térmico e acústico (deve estabelecer o conforto térmico aos usuários, atenção ás espessuras das paredes)

Resistência à infiltrações de água pluvial;

Controle da migração de vapor de água e regulagem da condensação;

Base ou substrato para revestimentos em geral (regularizar as paredes com chapisco,reboco, emboço)

Segurança para usuários e ocupantes. 




Uma  inusitada parede de taipa ao fundo, ambiente da CASA COR 2015, e fechamento em painel de madeira.

  Classificamos as paredes em dois SISTEMAS principais, quanto á sua EXECUÇÃO, são eles: as ESTRUTURAIS e as de FECHAMENTOS, onde as ESTRUTURAIS exercem função auto portante, ou seja suportam cargas (exemplo paredes de alvenaria estrutural) e as de FECHAMENTO (VEDOS) as quais exercem função apenas para vedação (exemplo alvenaria estrutura convencional). 
 Vamos ver alguns exemplos dos materiais utilizados nestes dois sistemas de paredes, salientando que as Paredes Estruturais (auto portantes) não podem sofrer nenhuma intervenção já que são estruturais, e isso pode afetar toda a estrutura do espaço ou edifício existente. Já as paredes de fechamento, os vedos, podem ser realizadas alterações, como reformas e ampliações, já que exercem a função apenas de "vedar", mas sempre realizando intervenções assessoradas por um profissional responsável como o arquiteto.

    ALGUNS DOS TIPOS DIVERSOS DE BLOCOS EXISTENTES NO MERCADO:

BLOCOS DE CONCRETO
TIJOLOS CERÂMICOS MACIÇOS
BLOCOS CERÂMICOS
BLOCO SÍLICOS CALCÁRIOS
BLOCO DE CONCRETO CELULAR
TIJOLO DE SOLO CIMENTO
TIJOLO DE BARRO
TIJOLO DE BARRO (DEMOLIÇÃO)
BLOCOS DE ADOBE (ARGILA)
TIJOLO DE VIDRO
Os tipos mais comuns de blocos utilizados nas PAREDES, Blocos cerâmicos e de concreto.

Blocos cerâmicos, podem ser de fechamento ou estrutural, conforme  solução do projeto arquitetônico.


Bloco estrutural de  concreto, a textura do bloco é mais lisa, podendo ficar aparente.


Tipos dos blocos cerâmicos estruturais, variações de espessuras


Tipos e tamanhos dos blocos de concretos

PAREDE: ESTRUTURAL: ALVENARIA ARMADA

Exemplo de construção com alvenaria de blocos de concreto aparentes, alvenaria armada ou alvenaria estrutural, onde os blocos exercem função auto portantes, podendo ser revestidos ou não, neste exemplo estão aparentes.

Alvenaria armada, com blocos aparentes resinados, mantendo a aparência original do bloco.

PAREDE: ESTRUTURA CONVENCIONAL
AS PAREDES EM ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS, EXERCEM FUNÇÃO DE FECHAMENTO, POIS A ESTRUTURA É COMPOSTA POR PILARES E VIGAS.

Na execução de qualquer um dos sistemas, a importância de um bom assentamento é fundamental, formando paredes alinhadas, ou seja "aprumadas", mesmo que a alvenaria não seja aparente.

Residencia em alvenaria de blocos aparentes com pintura.

O TIPO DE PAREDE SERÁ DETERMINADO PELO PROJETO ARQUITETÔNICO E  PELO SISTEMA CONSTRUTIVO APLICADO.

NEUROARQUITETURA EM LOJA COMERCIAL

PROJETO DE UM ESPAÇO COMERCIAL UTILIZANDO A NEUROARQUITETURA Com a Neuroarquitetura procuramos entender os espaços, trabalhar nesta interfer...